domingo, 30 de agosto de 2015

Das Tardes.

Tardes de Domingo,
todas parecem ser vazias novamente,
na teimosia de se cabeça dura,
na insistência de ser quem sou,
e aparentemente,
na razão de falhar em ser quem sou.

(Allan Chaves, 00:01 - 00:06, 30/08/2015)

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Anti.

Sou a insônia.
A anti-sintonia.
Sou o que sobrou dos últimos dias.
E a preocupação estampada em momentos ainda inexistentes.

(Allan Chaves, 02:30 - 02:33, 29/08/2015)

Temo.

Hoje eu não consigo dormir,
me sobram insônias,
me sobram ânsias,
me sobram medos.

Não consigo descansar bem,
não me vejo de olhos fechados,
nem meu corpo descansado,
mas também temo amanhecer.

Amanhecer e confirmar a perda.

Amanhecer e voltar a escuridão.

Temo.

(Allan Chaves, 00:05 - 00:10, 29/08/2015)

Breve'stória.

Se fosse só o suor frio,
ou os dedos gelados de insegurança,
se tudo não passasse do aperto no peito,
quem sabe eu apenas seguiria em frente,
aceitaria uma breve'stória.

Não aceito que o erro foi só meu,
diante de tanta agressividade,
do teu nome ele cuspiu ofensas,
e no calor do revide de palavras,
quem perdeu fui eu.

E não são pelas noites encurraladas,
por trocos de sentimentos em restaurantes,
de mãos dadas pra adormecer,
de beijos carinhosos,
por quem acabou de conhecer.

Veio pela confiança,
pela força dada para ir pra frente,
da preocupação que me soa exagerada,
do sofrimento posto em cada lágrima,
de acreditar que podia dar certo.

E pode.

Mas no meio de tantos revides,
a descrença que me é lançada me afasta,
do momento seguinte de estabilidade,
que deveria reunir de novo,
mas passa batida.

Quando te conheci decidi o que ia sentir,
iria andar devagar a passos chucros,
mas foi o teu levar que me acelerou,
uma arritmia, taquicardia,
presença.

Entendo tua decisão,
mas não a aceito,
do carinho que beirava nossa atenção,
não pode ser assim desfeito,
finito.

Decidi o que sinto.

E não consigo não sentir saudades.

(Allan Chaves, 19:39 - 19:44, 28/08/2015)

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Reencontro.

Você está a salvo, em um lugar que não quer sair,
então você é obrigado a sair, a seguir,
e você não está mais salvo, e está no antigo corredor,
procurando entender, confuso.

Você errou, acreditou em si,
mas não podia ser o único,
não demonstrou segurança,
entregou o mundo, abriu suas portas,
e elas nada mais eram que vãos vazios.

Você pede que seu corpo entre em equilíbrio,
você precisa se alimentar, precisa dormir, descansar,
repensando seu erro, voltando a ter medo.

E o medo dói.

Ele voltou, e você já sabe como encará-lo,
apenas não quer mais encará-lo,
não queria encontrá-lo.

Isso é mais um fim.

Dentre tantos fins, é mais um,
e o mais dolorido em tanto tempo.

O tempo que você já não tem mais.

(Allan Chaves, 11:36 - 11:42, 24/08/15)

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Coalizão.

Luzes, trevas e todo o resto que ainda me faz,
todo os pedaços que formam um ser completo,
bom ou mal, obscuro, soturno, sorridente, brilhante,
tudo está aqui, tudo está em complemento,
em equilíbrio, em coalizão.

Completo, apenas um.

(Allan Chaves, 01:23 - 01:36, 15/08/2015)