quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Açoite, afoite.

Não, não nasci para ser artista, definitivamente não.
Nasci talvez pra ser bancário, vendedor, corretor, mas não artista.

Não nasci para passar horas escrevendo livros, contos, poesias. As letras sempre mostram o que sinto e não quero ver, se tornam minhas inimigas.

Nem vim para ser músico, compor, cantar, música sempre me traz dor, faz entender mais do que eu quero sentir.

Não vim ao mundo para pintar, entender de cores, compor imagens, nunca permito me expressar de verdade, nunca permito compor  

Nunca fui artista, nunca me permiti expressar emoções verdadeiras.
E quando fiz, das emoções me tornei escravo, por sentimentos fui açoitado.

Talvez tenha nascido apenas pra ser como qualquer outro que carrega obrigações demais nas costas,
nascido para ser medíocre em meus sentimentos e pífio em minhas afirmações,
tenha surgido para passar em branco e terminar vazio,
nasci apenas para terminar como o esperado,
já preparado para morrer.

(Allan Wagner, 00:12 - 00:45, 29/01/2014)

domingo, 5 de janeiro de 2014

Previsível.




Pra quem não sabe, eu também desenho, e ontem a noite, me saiu essa depois de algumas horas ouvindo Bowie e pensando na vida.

(Allan Wagner "Chaves" - 04/01/2014)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Odisséia

Estou agora chutando a porta,
flutuando no vazio de forma peculiar, 
mas estrelas parecem muito diferentes hoje. 

Convenhamos estou sentado em uma lata cheia de explosivos, 
Muito acima do nosso mundinho, e o planeta Terra continua azul, 
E não há nada mais que eu possa fazer. 

Caindo a cem mil milhas ou mais, eu sinto muita coisa, 
E a minha nave espacial sabe que deve caminho seguir, 
Só digam àquela mulher que eu a amo muito (ainda!).

(...)

Os circuitos estão mortos,
e você pode me ouvir?
Mesmo sumindo no vazio.
Será que tão distante,
pode me ouvir?

(...)

Silêncio e ouço o nada rasgar meus ouvidos,
em quais as estrelas na qual eu vou colidir?

(...)

Os circuitos ainda estão mortos,
eu queria saber se você pode me ouvir.
Mesmo sumido no vazio, eu sei muito.
E tão distante, você me ouve.

(Allan Wagner, 23:30 - 23:35, 02/01/2014)